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Efeitos da terapia BEMER na reabilitação de pacientes com AVC

A informação não é nova, mas assusta. A cada seis segundos uma pessoa morre no mundo após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido também como derrame. Anualmente, a doença causa seis milhões de mortes. Quem sobrevive, geralmente fica com sequelas. A estatística nacional é ainda mais preocupante, porque aqui a doença atinge um em cada quatro brasileiros. No país, o AVC é a segunda principal causa de morte, segundo o Ministério da Saúde. Para evitar sequelas graves, o tempo de socorro da vítima é fundamental, porque durante o derrame aproximadamente 120 milhões de células cerebrais morrem por hora, causando incapacidades parciais ou totais nas vítimas, temporárias ou permanentes.


Quando a vítima sobrevive, o caminho é a reabilitação dos pacientes e, neste caso, a terapia BEMER tem se mostrado eficiente ao atuar na despolarização da membrana, explica o Dr. Braulino Peixoto, CEO da Neurolog Brasil. A primeira experiência dele com o equipamento ocorreu no final de 2019. Um jovem paciente da Chapada Diamantina, Bahia, chegou para ele 25 dias após a crise maior do AVC, já condenado a viver na cadeira de rodas. No entanto, a situação foi revertida com a ajuda de tratamentos de neuronavegação, que foram potencializados pela tecnologia alemã. É claro que a agilidade no atendimento da vítima contribuiu com o resultado.


Terapia BEMER no tratamento de AVC Foto: Pinterest


“Foi incrível passar por essa experiência e ver esse potencial elétrico motor acontecer”, diz Peixoto. Ele ressalta que a terapia BEMER foi a grande coadjuvante no processo de reabilitação do paciente, ao criar um campo eletromagnético que despolarizou a membrana e fez os membros adormecidos acordarem. “Quando as sessões de ondas eletromagnéticas aconteciam, os membros esquecidos mandavam inputs sensoriais ao cérebro o tempo todo, até que conseguiram inverter a direção dos danos que o AVC causou. Foi quando o cérebro voltou a receber comandos que não recebia mais”, lembra.


A Dra. Valéria Modestto, do Instituto Mente Confiante, também obteve ganhos positivos ao adotar a terapia BEMER como complemento aos tratamentos de doenças neurológicas. Para a médica, a combinação aumenta o potencial alfa dos pacientes. “Na hora que eu vou fazer o protocolo cerebral eu monitoro os sinais elétricos cerebrais e percebo que a terapia aumenta a frequência para um alfa mais rápido. Então, se eu estou com um paciente com distúrbio de memória, ou quadro inicial de Alzheimer, eu dou inputs sensoriais para ele e o ritmo alfa do Alzheimer que se encontra com muita baixa potência ou ausente, apresenta melhoras perceptíveis aos pacientes e familiares. É incrível”, diz.


Na neuronavegação cerebral os médicos conseguem entender o rejuvenescimento elétrico cerebral do indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a atividade elétrica cerebral amadurece até os 25 anos de idade, quando a última instância de amadurecimento mental chega, no fim da adolescência. E, depois dos 25 anos de idade, essa maturidade começa a cair também, porque a atividade elétrica cerebral envelhece com as pessoas.


No caso do AVC, a eficácia dos tratamentos de neuronavegação tem muito a ver com o tempo, por isto é tão importante que a vítima seja socorrida rapidamente. O médico brasileiro, Dr. Felipe Fregni, pós-doutor pela Universidade de Harvard, defende essa tese. Foi ele, inclusive, que criou um protocolo de intervenção elétrica em pacientes que sofrem com sequelas do Acidente Vascular Cerebral. Em artigos lidos pelo Dr. Braulino Peixoto o médico coloca que quanto mais cedo o paciente sai daquela fase aguda da UTI, já pode começar a estimulação cerebral, que os resultados serão incríveis e a reabilitação será muito melhor.


Fregni tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Psiquiatria e Neurologia e atua principalmente nas áreas de estimulação transcraniana por corrente contínua, estimulação magnética transcraniana, plasticidade cerebral e metodologia em pesquisa clínica com aplicação em saúde pública.


De acordo com a empresa BEMER Brasil, em situação de pós AVC, o uso da Terapia Física Vascular BEMER deve ser discutido com o médico responsável pelo tratamento. O profissional, ciente do uso do equipamento, pode ajustar as dosagens dos medicamentos prescritos, se necessário. Pelas evidências atuais, a tecnologia pode ser utilizada sem problemas na maioria dos casos.


No site da Rede Brasil AVC tem mais informações sobre a doença, bem como formas de prevenção. A Organização não Governamental foi criada para melhorar a assistência global ao paciente com AVC no país. Até 2019, eram 182 centros de emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) para atender casos de Acidente Vascular Cerebral espalhados no Brasil. O ideal é ter mais de 900, afirma a Rede.

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